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Para mães e pais 
em fase de crescimento.

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Ninhos do Brasil + Carochinha Editora: Ninhos do Brasil se uniu à Carochinha Editora, selecionando histórias que auxiliam nas questões enfrentadas em diferentes fases. Confira!

9 anos: meu filho ainda é criança? Saiba tudo sobre essa fase

Ninhos do Brasil NB
qua, 21/04/2021 - 10:00
Menina sorri para a própria imagem no espelho. Se trata de uma criança de cerca de 9 anos usando óculos escuros com armação rosa.

Os 9 anos marcam o fim da infância? Só de pensar nisso já dá uma vontade de chorar, né? Aos poucos, a gente percebe que os brinquedos de antes já não despertam o mesmo interesse. Seu filho ou filha começa a preferir ficar horas conversando com os amiguinhos, assistindo a séries ou lendo a ficar brincando de pega-pega. Está crescendo!

Ainda não é a pré-adolescência, mas uma transição de fases. Esse período, que normalmente ocorre entre 9 e 10 anos, é também conhecido como “Crise dos 9 anos” – ou “Rubicão” – termo popularizado pela filosofia antroposófica, que estuda o ser humano do ponto de vista espiritual.

👀 Curiosidade: o nome esquisito faz referência a uma travessia sem volta que Julio Cesar fez no rio Rubicão, lá no período do Império Romano. 

Mas, calma, ainda tem brincadeira e um filhote para você cuidar (e vai ter por muito tempo ainda)!

As fases das crianças de 9 anos

Vamos entender melhor o que está acontecendo com eles?

O corpo começa a mudar

Em algumas crianças, os primeiros sinais da puberdade podem começar a aparecer por esse período. Em meninas, a puberdade ocorre entre 8-13 anos e, em meninos, entre 9-14 anos. 

Nelas, começa pelo surgimento do broto mamário e, neles, pelo aumento do tamanho dos testículos. Logo depois, surgem os pelos pubianos e nas axilas (e odor também), acne e aumento da oleosidade da pele e tudo o mais que você deve lembrar bem.

Quais dentes caem aos 9 anos?

A queda dos dentes pode variar de acordo com cada criança, mas a partir dos 9 anos, os dentes molares e pré-molares - aqueles que ficam mais ao fundo da boca - começam a amolecer. A troca de dentição continua até os 12 anos ou mais. 

É tempo de começar a falar com naturalidade sobre a sexualidade, aos poucos 

Lembre-se: quando a família ou a escola não falam sobre o assunto, elas podem buscar as informações em outras fontes, menos seguras. 

É importante responder com naturalidade às perguntas feitas pelas crianças, inclusive sobre assuntos considerados complexos, sem ir muito além do que foi questionado. Falar sobre intimidade e segurança sem transformar a conversa num sermão dá maior tranquilidade para seu filho(a) seguir consultando você sobre as questões que surgem mais adiante, na adolescência.

Pode namorar com 9 anos? Surge o interesse em meninos ou meninas

Esses assuntos não precisam ser superestimados, nem devem ser menosprezados. Busque estar perto, conhecer os sentimentos dos filhos e ficar aberto para responder às dúvidas. 

Lembrando que criança não namora. As demonstrações de afeto por um coleguinha fazem parte do desenvolvimento, mas existe um limite. Gostar, abraçar, dar as mãos e tratar com carinho não devem ser vistos como gestos para “namorados”, mas sim como o caminho natural de uma amizade. 

Calma, ainda tem brincadeira! 

Mas cada vez mais voltadas para jogos e competições. Isso é ótimo para desenvolver a socialização e também a resiliência de saber perder e persistir. 

Esportes coletivos, como vôlei e futebol, fazem a cabeça da meninada nessa idade. Para os momentos dentro de casa, os jogos de tabuleiro são uma ótima pedida. 

Senso de justiça aflorado

Agora que entendem a razão das regras para se viver em sociedade e têm a empatia mais desenvolvida, passam a ser mais rigorosos com as regras e com a verdade. Eles até podem contar algumas mentirinhas para se dar bem ou se livrar de uma bronca, mas, quando descobertos, costumam se sentir culpados. 

No desenvolvimento cognitivo, ainda estão na fase operatório-concreta de Jean Piaget. Elaboram frases mais complexas, fazem somas e subtrações com facilidade e começam a entender a noção de frações, ainda com apoio de materiais concretos. Por volta dos 11-12 anos, adentram a fase operatório-formal, em que começa a fazer deduções lógicas mesmo sem objetos físicos e a entender conceitos mais abstratos.

A crise dos 9 anos: o que é? 

É possível que retornem medos antigos, ou mesmo criem novos, fiquem mais grudadas nos pais. É parte da chamada crise dos 9 anos, em que elas percebem a mudança do corpo, a passagem do tempo. Acolha o sentimento e, ao mesmo tempo, busque transmitir confiança para ela adentrar a nova fase. 

Como lidar com meu filho durante a crise dos 9 anos? 

Aos 9 anos, ela já sabe o que é certo e errado, mas também leva muito em consideração a opinião dos amigos. Ajude-a a lembrar sempre de suas habilidades, conquistas e superações até aqui. 

A forma como cada criança lida com mais essa transição varia muito conforme a personalidade. Também a idade exata da “virada de chave” pode ser diferente.

Se seu filho souber que tem pais que confiam na capacidade dele, terá mais autoestima e coragem para bancar as próprias decisões. E saberá que, quando precisar, sempre terá um colinho para onde voltar.

O que ensinar aos 9 anos?

Crianças de todas as idades costumam ser naturalmente curiosas, mas aos 9 anos as perguntas passam a ser mais elaboradas: aquele “porque sim” já não funciona mais. Essa é uma fase interessante para estimular ainda mais o hábito da leitura e o interesse por aprender um instrumento musical ou por se dedicar a algum esporte. 

Além do desenvolvimento de novas habilidades e do conhecimento obtido na escola, essa é uma idade importante para trabalhar a inteligência emocional. Os 9 anos antecedem a pré-adolescência: nesse momento os sentimentos se confundem e, a criança passa a sentir necessidade de agradar os colegas, de se encaixar. 

Por isso, é importante conversar sobre amor-próprio e autenticidade, e ensinar a criança a se perguntar se está feliz e confortável com as pessoas que a rodeiam. 

Mesmo com muito acolhimento e diálogo, é natural que aconteça com seu filho aqueles episódios em que ele é influenciado pelos amigos ou sente vergonha da presença dos pais. Respire fundo e tenha muita paciência, pois, como todas as outras fases, essa também passa. 

Dicas de brinquedos e presentes para crianças de 9 anos

Vai presentear uma criança de 9 anos? Para te ajudar na escolha, lembre dessas palavras: amigos, criatividade e desafio. Isso mesmo, as brincadeiras individuais ficam para trás e todo mundo quer mesmo é brincar em grupo, preferencialmente do lado de fora! 

Confira algumas opções que podem agradar os quase-pré-adolescentes: 

  • Livros: grupos de amigos costumam ler as mesmas sagas. Antes de presentear, busque ideias com os pais dos coleguinhas ou escolha algo dentro de um tema que a criança já se interesse; 
  • Kit de ciências ou robótica: além de estimular a curiosidade e o aprendizado, as crianças podem chamar os amigos para participar das experiências -e da bagunça;
  • Patins, skate ou patinete: geralmente uma criança do grupo escolhe uma dessas opções com rodinhas e todas as outras acompanham. Além de reunir os amigos, é uma ótima maneira de praticar atividade física ao ar livre. Mas atenção: capacetes, joelheiras e cotoveleiras são obrigatórios para garantir a segurança em cada tombo! 
  • Jogos de tabuleiro: atualmente existem milhares de opções para brincar com cartas dentro de casa. Mímica, imitação, investigação e até simulação fazem parte desses jogos que estimulam comunicação, raciocínio e trabalho de equipe. 

Livros para crianças de 9 anos: pelo que elas se interessam?

Assim como qualquer preferência, o gosto das crianças pelos livros depende do meio. Nessa idade, eles são influenciados pelo que a família consome, pelo que observam na TV ou internet e, principalmente, pelas escolhas dos amigos.

Aos 9 anos, muitas crianças se interessam por sagas, por acompanhar um personagem que vai crescendo junto com elas no decorrer de vários livros. Harry Potter é um exemplo clássico dessa relação, mas não podemos esquecer da nossa Turma da Mônica. 

O que essas histórias têm em comum? Aprendizado, conflitos, aventura e a relação com os amigos. Tanto o bruxinho quanto a menina do coelhinho Sansão sempre passam uma lição sobre a importância da amizade a cada página. 

Além da temática aventureira e exploradora, é interessante apresentar livros que celebrem as diferenças, o respeito e a força das crianças. Veja alguns exemplos: 

3 dicas para comemorar o aniversário de 9 anos

Desde os primeiros anos, as festinhas de aniversário costumam ser decoradas com algum tema ou personagem que a criança gosta. 

A partir dos 9 anos, a comemoração pode começar a ganhar novas características, seguindo as preferências da criança e as atividades que ela gosta de fazer. 

1. Se a criança gosta muito de animais, a festa de tema “selva” pode ser trocada por uma ida em grupo ao zoológico. Além de gastar muita energia, as crianças desenvolvem consciência ambiental e ficam encantadas com os animais. 

2. E se o favorito da vez for um grupo musical? Nesse caso, as crianças podem passar uma tarde inteira produzindo os próprios clipes, com troca de figurino, coreografia e participação dos pais na produção. É uma boa forma de estimular a criatividade e manter as crianças em movimento. 

3. Mas se a intenção é manter o bolo e o parabéns tradicionais, que tal uma festa à fantasia? Dessa forma, a decoração pode ser bem variada e cada criança pode se expressar do jeito que mais gostar. O importante é se divertir e soltar a criatividade. 

Aos 9 anos ou em qualquer idade, confie você também na sua própria capacidade de passar por mais uma transição. Você está indo muito bem! 

E o melhor: nessa nova fase, é mais fácil entender o que se passa nas cabecinhas deles. Uma boa forma é revisitar nossas próprias lembranças e experiências, sejam boas ou ruins, para se inspirar ou fazer diferente.

É uma oportunidade para nós, de autoconhecimento e desenvolvimento, não só como mães e pais, mas como pessoas melhores. 
Afinal, seguimos crescendo juntos! 💛

Você também fica lembrando da sua própria infância/pré-adolescência quando vê os filhos chegando nessa fase? O que tem de parecido ou de diferente? Compartilhe sua experiência na nossa Rede de Carinho!

 
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