O peso das cobranças excessivas nas crianças
A gente sabe que, no fundo, todos os pais querem o que há de melhor para seus filhos, não é mesmo? Se dedicam, se comprometem e muitas vezes acabam até fazendo aquilo que nem deviam fazer, mas, se é por um filho, tudo vale.
Devido a todo esse cuidado, carinho e amor, muitas vezes os pais acabam se excedendo e passando dos limites. Sim, pais também passam dos limites às vezes, afinal, são seres humanos, não é verdade?
E, muitas vezes, por quererem tanto pelos filhos, exigem demais e como já sabemos: o excesso nunca faz bem.
Crianças também têm suas individualidades, seus limites, suas vontades e sua própria personalidade, assim como o adulto gosta de ser respeitado em suas escolhas, a criança também gosta, e é um direito seu.
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Quando os limites são ultrapassados, quando existe uma cobrança excessiva na vida de uma criança, isso resulta em muitas questões que afetam negativamente sua vida: ansiedade, depressão e baixa autoestima são alguns exemplos disso.
Será que você está cobrando seu filho ou filha demais?
A família precisa compreender que orientar e incentivar não é o mesmo que cobrar, por mais que pareçam fazer parte do mesmo pacote.
Porém são coisas diferentes, porque quando uma criança é orientada ou incentivada seus direitos são respeitados, mas quando ela é cobrada, não importa o que ela pense ou sinta, precisa cumprir e pronto!
A sociedade está cada vez mais competitiva e acelerada, então de alguma forma as cobranças não param, e os adultos, muitas vezes sem perceberem, acabam transferindo toda essa rotina acirrada para a vida dos nossos pequenos, num momento em que eles deveriam estar preocupados em quanto tempo a mais poderão brincar!
Acontece também dos pais quererem oferecer tudo o que não tiveram aos seus filhos, seja um curso de inglês, um esporte preferido, uma aula de artes e, sem perceberem, acabam projetando seus sonhos e desejos na vida dos filhos, intensificam as cobranças e isso traz um sentimento de frustração e fracasso para os filhos.
Bem, não estamos aqui para julgamentos, mas para juntos refletirmos sobre o caminho de nossos filhos.
Desejamos que desenvolvam a autonomia, mas que se sintam amados em suas decisões, que possam sinalizar quando perceberem o excesso e que nós, pais, estejamos abertos para ouvirmos e compreendermos que existe um processo de amadurecimento e que essas etapas não podem ser puladas.
Assim, de forma prazerosa e feliz, conseguiremos seguir, sem cobranças excessivas, em um caminho leve e respeitoso.