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8 formas de dizer “não” às crianças sem dizer “não”

Baby and Me BM
sex, 23/07/2021 - 10:30
Uma mãe está sentada em um sofá e conversa com seu filho, representando como dizer não. O filho está em sua frente, com braços fechados e rosto de insatisfação.

Mães e pais sabem como pode ser difícil dizer “não” a uma criança, por vários motivos. Entre os desafios de criar os filhos seguindo princípios de disciplina positiva, essa é uma das questões que podem trazer mais insegurança aos cuidadores. Para ajudar a enfrentar esse dilema, uma dica é usar outras formas de dizer “não” sem precisar tocar nessa palavra tão temida pelos pequenos!

Especialistas em parentalidade costumam orientar que não se use o “não” em excesso com os filhos. Primeiro, porque isso reforçaria uma postura negativa e restritiva na criação. Segundo, porque não funciona: se você disser “não” para tudo, isso banaliza a palavra e talvez a criança não entenda quando for realmente importante obedecê-la. Todo pai e toda mãe já passaram por isso, não é mesmo?

Mas isso não significa que os pais devem dizer “sim” para tudo. A lição é que é possível dialogar com as crianças e ensinar limites sem precisar dizer “não”, mas usando substitutos.

Ao substituir o “não” por acordos, se ensina a importância de cumprir as regras combinadas na casa. Em vez de negar que a criança faça algo, você sempre tem a opção de sugerir que ela faça uma coisa diferente em vez do que ela queria inicialmente. E esse trabalho começa com eles ainda pequeninos.

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É fundamental deixar claro que você entende como a criança está se sentindo, que acolhe seus sentimentos e que o “não” tem um motivo. Toda criança gosta de ouvir que o papai e a mamãe estão ao lado dela e a compreendem. O diálogo franco e a partilha de experiências criam identificação e empatia, e você demonstra que está disposto a ajudar seus filhos a superar o problema.  

Veja de forma prática como você pode fazer isso:
 

Confira 8 jeitos de dizer “não” sem dizer

Aqui vão 8 sugestões de palavras e atitudes alternativas ao “não”, para a família resolver impasses cotidianos em casa sem abrir mão de uma educação não violenta.

1) Podemos deixar para depois?

Se não for possível naquele exato momento, mas depois sim, deixe claro à criança quando poderá ser feito. Por exemplo: “Só vamos poder ir no parquinho depois do café da manhã” é mais positivo do que simplesmente negar de forma que pareça definitivo.

2) Quem sabe tentamos de outro jeito?

Aqui, além da sugestão de fazer de outra forma, você emprega o “nós”, deixando claro que você está lá para ajudar a criança a resolver a situação.

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3) Isso não é seguro, não quero que você se machuque

Em vez de apenas dizer “não” para um pedido que coloque a criança em risco, explique por que é perigoso. Assim, você demonstra que está cuidando dela.

4) Qual foi o nosso combinado?

É preciso sempre lembrar à criança as regras que foram definidas e reforçar a importância de cumprir os acordos.

5) Eu entendo como você está sentindo.

Acolher os sentimentos dos filhos é fundamental. Ao fazer isso, os pais reforçam o vínculo e a identificação e abrem uma porta para explicar por que o pedido da criança não pode ser atendido naquele momento.

6) Temos que fazer outras coisas primeiro

Uma alternativa para quando a criança quer fazer algo que a família não pode no momento ou quando pede alguma coisa que você não tem dinheiro para comprar. Assim, você ensina a ela sobre prioridades e reforça que a recusa não é porque você não aceite o que ela quer, mas sim porque há outras necessidades mais urgentes.

7) Como isso vai afetar as outras pessoas?

É importante reforçar com a criança que as ações têm impacto sobre outras pessoas. Apesar de ainda não serem capazes de ter empatia plena, começam a perceber que entender a posição dos outros é um valor importante na família.

8) Vamos pensar em outra maneira de dizer isso?

Essa é para quando a criança disser algo que vocês, como família, definiram como ofensivo ou inadequado. Em vez de apenas proibi-la de dizer, converse sobre o que ela disse e proponha outras formas de falar, explicando os motivos.

Enfim, não existe receita pronta, nem método infalível. Você e seus filhos constroem essa relação no dia a dia, um passo de cada vez, de acordo com a personalidade e o jeito de vocês. E lembre-se: o melhor caminho nem sempre é o mais fácil e o tempo que você investe o relacionamento com seu filho resultará em um desenvolvimento emocional mais maduro.

Enquanto são pequenos, principalmente até os dois/três anos, talvez não entendam tudo. Mas, aos poucos, vão se acostumando e entendendo que a melhor forma de resolver as questões é através do diálogo e do respeito mútuo – e não só com autoridade.

A disciplina positiva continua quando eles ficam mais crescidos. Confira as dicas da psicopedagoga e neurocientista Flávia Valadares.

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