Concentração nos estudos: como ajudar seu filho a manter o foco
Concentração nos estudos é um assunto que está sempre em pauta, muitas famílias sentem-se perdidas quando se deparam com a falta de concentração dos filhos, mas de onde vem a concentração? Vamos juntos entender? As crianças naturalmente demonstram agitação durante grande parte do dia: elas são curiosas, gostam de explorar novos ambientes e descobrir novas possibilidades.
A primeira coisa que precisamos pensar é que no mundo em que estamos inseridos temos acesso a muitos estímulos, muitas vezes tudo ao mesmo tempo, o que colabora para que nossas crianças sejam hiperestimuladas.
A segunda questão a se pensar é que se concentrar é uma habilidade que desenvolvemos, ou seja, nós não nascemos com ela, mas precisamos desenvolvê-la para que possamos organizar e planejar as atividades do nosso dia a dia.
Não podemos nos esquecer também que o tempo de concentração para cada criança varia de acordo com a sua idade. Quando são menores, a capacidade de concentração também é menor e, conforme seu amadurecimento, a concentração vai aumentando.
Existe uma espécie de “fórmula” pré-determinada por especialistas em desenvolvimento infantil que pode ser utilizada para estimar o tempo aproximado de concentração das crianças. Ela funciona assim: cada ano de idade da criança deve ser multiplicado por 2 a 5 minutos. Então, uma criança de 2 anos teria aproximadamente um período de concentração entre 4 a 10 minutos (2 x 2 = 4 e 2 x 5 = 10).
Seguindo essa regrinha, a tabela abaixo mostra o período estimado de concentração por idade. Olha só:
Idade e tempo de concentração:
2 anos | 4 a 10 minutos |
3 anos | 6 a 15 minutos |
4 anos | 8 a 20 minutos |
5 anos | 10 a 25 minutos |
6 anos | 12 a 30 minutos |
7 anos | 14 a 35 minutos |
8 anos | 16 a 40 minutos |
9 anos | 18 a 45 minutos |
Fonte: Revista Parents |
Mas é importante lembrar que a concentração da criança também está relacionada a fatores externos. Muita coisa vai influenciar no período em que ela consegue se manter concentrada, como, por exemplo, sua alimentação, o tempo de sono, se ela conhece o assunto que está sendo apresentado a ela, sua estrutura familiar, entre outros…
No entanto, nós podemos auxiliar nossas crianças e estimular a habilidade de concentração, que pode ser trabalhada em qualquer lugar – inclusive em casa!
Para ajudar seu(a) filho(a) a manter o foco nos estudos, você pode promover atividades até nos momentos de lazer: jogo da memória, tabuleiros, cartas, quebra-cabeça, dominós, entre outros, podem ser grandes parceiros nessa tarefa.
E falando do momento dos estudos, é muito importante manter uma rotina, um ambiente calmo, um período específico para realizar as atividades escolares e permitir, também, que seu filho possa acessar outros tipos de ferramentas, que possam ir de encontro com sua forma de aprender, como por exemplo aplicativos educativos, filmes, vídeos, tudo conforme a classificação de sua idade.
Esse conselho pode parecer estranho, mas permitir que seu filho assista a um filme pode ajudar em sua aprendizagem, por exemplo. Pois existem várias formas de aprender, inclusive assistindo filmes! Aqui em casa, o Pablo, meu filho mais velho, é muito ligado à tecnologia, ama assistir vídeos no YouTube (adolescente né?! Aí na sua casa deve ser bem parecido!), então encontramos nessa ferramenta uma forma dele se concentrar em suas pesquisas, além da apostila da escola.
Este acesso pode alimentar ainda mais a curiosidade de seu filho, por ser mais interessante para ele! Claro que tudo deve ser muito bem combinado, porque como diz o ditado: “O combinado não sai caro”, não é mesmo? Uma ideia legal e que também funciona muito bem por aqui é o quadro de “Rotina de Estudos”. Vocês podem construir juntos, definindo as estratégias que serão utilizadas, como tempo, ferramentas que poderão ser acessadas… Isso ajuda muito na concentração da criança, pois suas atividades já estarão pré-definidas.
E não podemos esquecer da parceria entre família e escola! Ela acontece quando procuramos saber como está o desenvolvimento de nossos filhos, comparecendo às reuniões ou quando conversamos com os professores sobre as formas como podemos ajudar, por exemplo.
Além de ser importante para o processo de aprendizagem, essa parceria é fundamental para que a criança ou o adolescente se sinta acolhido, fazendo com que o caminho traçado se torne mais leve e o desenvolvimento aconteça de maneira plena e significativa. ?