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Já ouviu falar em criação neurocompatível? Veja como funciona

Ninhos do Brasil NB
qua, 12/01/2022 - 10:30
Pai interagindo com o filho pela criação neurocompatível.

A criação neurocompatível é uma teoria que prega que a educação ocorra em conformidade com a capacidade de compreensão e processamento da criança. Em resumo, é uma forma de educar respeitando o desenvolvimento do corpo e do cérebro.

O termo foi criado pela psicóloga Márcia Tosin em 2015, baseado em estudos de psicologia evolutiva, antropologia e neurobiologia. Mas isso não significa que a prática seja novidade. 

A própria Márcia Tosin explica em entrevistas que pais e mães neurocompatíveis sempre existiram. São aqueles que sempre respeitaram seus filhos, conversaram mais do que brigaram e que podem até ter sido acusados de “permissivos”.

A diferença é que novos estudos estariam provando que esse modelo de educação gera pessoas mais resilientes e com maior controle emocional, na adolescência e na vida adulta. O que era intuitivo para alguns, agora passa a ter respaldo científico. 

A criação neurocompatível serve para quem?

A teoria criação neurocompatível ajuda a acalmar mães e pais que carregam aquela eterna culpa e medo de estar fazendo algo errado na criação dos filhos.

Muitas vezes, são pais e mães que já se frustraram com as milhares de técnicas e treinamentos para fazer o filho dormir, comer, estudar ou se comportar melhor. E que entendiam que esse “melhor” atendia mais às necessidades criadas socialmente do que às necessidades reais. 

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Criação neurocompatível: como colocar em prática?

Não existe uma fórmula pronta para a “criação neurocompatível”. Isso porque, segundo os profissionais que atuam na linha, trata-se justamente de respeitar a individualidade e a diversidade neurológica. Se cada criança é única, não há modelos a serem repetidos.

Mas existem alguns princípios norteadores, como:

  • Amor e carinho nunca são demais. Não precisa temer excessos.
  • Punição e castigo não ensinam nada. Já o acolhimento ajuda a passar segurança.
  • É normal sentir raiva, mas é preciso aprender a controlá-la, respirar fundo e se afastar um pouco.
  • Entender que momentos de birra não são intencionais. As birras são momentos de descontrole, como quando a criança passa mal. Esse é um momento de acolher sem se preocupar com o que os outros vão dizer.
  • Nenhuma criança domina seus pais. Não existe problema ou culpa em “ceder” às vontades dela.
  • Observe sua criança! E construa seu próprio manual de criação, que faça sentido para você e para ela.
  • Tem criança que não come tudo, tem criança que desfralda tardiamente, tem criança que odeia a escola. Não foi nada que você fez. 
  • Mães e pais dão o seu melhor buscando o que acreditam ser o ideal para seus filhos, mas nem tudo sai como o planejado sempre. É normal. 

Menos pressão e julgamento para mães, pais e filhos também é um dos princípios do movimento Slow Parenting.  

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