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Entendendo as emoções do bebê (e como lidar com elas)

Baby and Me BM
seg, 02/01/2023 - 10:00
Imagem de uma mãe sentada de frente para sua filha, as duas estão na mesma altura, se olham nos olhos e encostam o nariz uma na outra. Esse contato é uma forma de estabelecer conexão com as emoções do bebê

As emoções dos bebês e das crianças podem ser tão intensas como as dos adultos. Ou até mais. Afinal, para elas, tudo é novo. Se lidar com as emoções pode ser complexo para nós, nos primeiros anos de vida é certamente desafiador.

Vamos ajudá-las? Conversar sobre emoções é essencial para esse aprendizado e, quanto mais cedo começarmos, melhor.

Por que conversar sobre emoções nos primeiros anos de vida

Conversando sobre emoções com nossas crianças, criamos adultos autoconscientes, emocional e mentalmente saudáveis e que sabem respeitar os limites alheios – além dos próprios.

Ajudando-as a entender melhor as próprias emoções, evitamos reações violentas e estimulamos a inteligência emocional precocemente.

Conversar sobre emoções: mas quais são elas?

O primeiro passo para conversar sobre emoções é saber nomeá-las e diferenciá-las. É interessante evitar generalizações, porque, por exemplo, o que pode parecer apenas tristeza pode ser uma mistura de raiva, frustração, ciúmes e até de medo

Ajude a criança a se acalmar

Para ter uma boa conversa sobre emoções, é essencial que haja uma comunicação clara e tranquila. E, para isso, os envolvidos têm que estar calmos. Quer uma dica?

Incentive a criança a tomar um pouco de água. Apesar de parecer para nós muito usual e quase automática, essa é uma ação que exige atenção, principalmente para mãozinhas tão pequenas.

Além disso, para tomar água precisamos respirar – e não é à toa que exercícios de respiração são recomendados até para adultos.

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Ajude a criança a identificar o que aconteceu

Agora que ela está respirando tranquilamente, é hora de ajudar a criança a entender qual foi o gatilho para o que ela está sentindo. É provável que ela não saiba explicar – ou sequer entenda com clareza – o que aconteceu para despertar esse sentimento.

Nesse ponto, é bom guiá-la, com perguntas simples.

  • Você queria muito passear, mas a chuva atrapalhou seus planos?
  • Você não gostou de ver alguém brincando com sua pelúcia preferida?
  • Combinamos de ir na casa da vovó, mas está demorando muito?
  • Aquele palhaço não parece muito amigável para você?

Ajude a criança a identificar o que ela está sentindo

Essa parte pode parecer óbvia, mas há muitos adultos que ainda não sabem diferenciar os próprios sentimentos. Crianças que crescem conversando sobre sentimentos tendem a ser mais autônomas nesse sentido.

Aqui, você pode fazer sugestões ou perguntas que já guiem sua criança para a resposta, sempre com empatia.

  • Então, acho que você ficou frustrado por não poder fazer a brincadeira que queria, né?
  • Quer dizer então que você ficou com ciúmes do seu brinquedo?
  • Parece que você está ansiosa para irmos logo. Eu também estou!
  • Tudo bem ficar com medo, sabia? Mas aqui você está protegida.

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Conversar sobre emoções em momentos de crise

Infelizmente, ainda não foi publicado um manual de como conversar sobre emoções, que tenha um passo a passo exato. Assim como não há um para a parentalidade. Nesse caso, o mais importante é garantir à criança um espaço seguro e mostrar que ela pode confiar em você.

Com acolhimento, a criança entende que está segura para expor suas emoções. E, com segurança nos próprios sentimentos, ela vai ter mais facilidade para lidar com eles sozinha, quando for necessário.

Mantenha a calma

Pode ser difícil segurar a vontade de gritar junto com a criança, ou até de chorar com ela. Mas ela precisa de um porto seguro, alguém que tenha o controle da situação e que se ofereça para compartilhar esse controle com ela.

Se aproxime da criança

Situações de crise são cansativas e elas podem chegar exatamente quando estamos precisando apenas pôr os pés para cima e relaxar. Mas, nesse momento, comunicação é essencial: tentar convencer a criança a se deslocar até você vai exigir dela a tranquilidade que você está tentando passar.

Portanto, o ideal é que você faça esse movimento: vá até a criança, com calma.

 Abaixe-se à altura dela

É mais fácil nos comunicarmos com quem a gente escuta e enxerga por inteiro, não é? Se abaixando ao nível da criança, você consegue estabelecer contato visual e manter um tom de voz mais baixo e tranquilo.

Além disso, você ocupa o espaço dela, sobre o qual ela tem controle: pra ajudá-la, você entra no mundo dela. Nada mais justo.

Deixe os julgamentos pra lá

Lembre-se que nenhum sentimento é feio ou errado. Os motivos para uma crise podem ser os mais variados: desde a criança ter caído e se machucado, ou ter perdido um brinquedo querido, até você não ter deixado ela comer pasta de dente.

Uns motivos podem parecer mais válidos que outros, e alguns podem chegar a parecer irracionais – mas é importante acolher qualquer que seja a razão do choro.

Acolhimento é a palavra-chave

Basicamente, a ideia é agir como você agiria ao ver qualquer pessoa querida em uma situação difícil. Escute-a, valide seus sentimentos, mostre que você está ali: inteiramente ouvidos, disponível para ela naquele momento. Abrace-a se ela se sentir confortável.

Crianças são seres humanos, e ainda estão no começo do aprendizado da convivência em sociedade.

A premissa básica para conversar sobre emoções é o respeito, a empatia e a atenção – essenciais à comunicação não violenta. Não sabe do que se trata?

Vem conferir: Comunicação não violenta: qual a importância da sua aplicação na educação infantil?

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