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Uso de telas durante as refeições: como evitar essa distração?

Elaine de Pádua EP
A imagem mostra uma menina  sentada à mesa usando um smartphone logo após comer um prato de macarrão.

O uso de telas já é automático: na hora da refeição, o celular fica na mão ou apoiado na mesa, com um vídeo para distrair. É um olho no prato e outro na tela!

Já reparou que os formatos foram apenas adaptados? Antigamente, na hora do almoço, ligávamos a televisão ou o rádio no programa do meio dia. Hoje, o leque de opções é bem maior: celulares, computadores, tablets e até videogames.

Nós sabemos que o uso excessivo de eletrônicos dentro (e fora) de casa pode acabar comprometendo a interação humana. Mas as consequências vão além: a OMS (Organização Mundial de Saúde) se preocupa com o sedentarismo precoce e a possibilidade de maior incidência da obesidade infantil com a exposição das crianças às telas.

Por motivos sociais ou de entretenimento, o contato das crianças com os celulares e outros eletrônicos tende a ser cada vez maior. Mas como impor a elas um limite de uso de telas se muitas vezes esse limite foge do nosso próprio controle?

Acompanhe a leitura para se aprofundar no assunto e conferir algumas dicas 😊

Como o uso de telas durante a refeição impacta as crianças?

Quando a distração das telas é recorrente no momento da alimentação, a criança acaba entrando em conflito com sua autorregulação, que é a habilidade de modular comportamentos e emoções para atingir demandas sociais ou objetivos – nesse caso: comer para saciar a fome.

A partir do momento que o foco não é 100% o que está no prato, a percepção de saciedade é comprometida! Ou seja: a criança mal presta atenção no que está comendo.

Com isso, a criança pode não mastigar até o final os alimentos e atrapalhar a absorção de nutrientes e a digestão. É como uma competição entre o entretenimento e o sabor da comida – nós não sentimos por completo as texturas e o gosto nem nos atentamos à quantidade de alimento que estamos ingerindo, pois prestar atenção no conteúdo das telas é mais interessante.

Brilho da tela e saúde: qual é a relação?

Uma informação que talvez seja inédita para muitos: de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o brilho das telas pode bloquear a melatonina e provocar insônia e distúrbios do sono, como pesadelos e terrores noturnos.
Uma boa noite de sono é essencial para um dia produtivo e com energia. Quando dormimos mal, podemos apresentar alterações de humor, sonolência diurna, dificuldade de concentração e problemas de memória.

Qual é o tempo de tela indicado para cada idade?

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), estas são as seguintes recomendações para a exposição de tela às crianças:

  • Menores de 2 anos – evitar exposição
  • Entre 2 e 5 anos – 1 hora/dia, sempre com supervisão de responsáveis
  • Entre 6 e 10 anos – 1 a 2 horas/dia, com supervisão
  • Entre 11 e 18 anos – de 2 a 3 horas/dia, preferencialmente em áreas comuns da casa, em vez de isolados no quarto
  • Para todas as idades, a indicação é evitar telas durante as refeições e 1 hora antes de dormir.

A infância é a fase em que desenvolvemos muitas funções cognitivas e cerebrais, além da formação da personalidade. É muito importante propor diálogos abertos sobre a questão digital, para evitar efeitos colaterais causados pela chamada “intoxicação digital”, citada no documento.

Ao abrirmos o canal de comunicação com as crianças, existem mais chances de elas contarem o que acontece. Em relação às consequências do excesso de telas, o documento alerta para possíveis:

> Dependência digital;
> Sedentarismo;
> Distúrbios psicológicos (ansiedade, depressão e irritabilidade);
> Transtornos da imagem e autoestima;
> Transtornos auditivos e visuais;
> Problemas posturais.

3 dicas para controlar o uso da internet, do videogame e da televisão durante a refeição

Veja a seguir alguns caminhos para reduzir o tempo de telas das crianças!

1. Mostre que dá tempo de fazer tudo!

Você pode começar criando uma tabelinha de regras e horários, que tal?

A ideia é não fazer algo impositivo demais, mas algo que a criança tenha vontade de cumprir. Inclua na tabela tarefas que a criança goste de fazer.

Coloque em um mural os sete dias da semana, inserindo o tempo para os eletrônicos e outras coisas, como dia do quebra-cabeça, dia de ir ao parque e até receitas saborosas, para que ela te ajude no preparo! Pode ser o dia da lasanha, por exemplo.

A ideia aqui é mostrar que o momento de comer não vai tirar o tempo da criança de se entreter com os eletrônicos.

2. Incentive na prática

Procure não mexer no celular durante as refeições, afinal de contas, a criança precisa interagir com alguém, não é? Então, para voltar a atenção a ela, é importante mostrar que você tem interesse em aproveitar o momento longe das telas também.

Você pode criar junto à criança uma caixinha decorada com personagens para colocar os celulares e os controles da tv e do videogame, por exemplo, na hora de comer.

Quem sabe, nessa decoração, seja viável encaixar alguma frase? “Os Incríveis estão pedindo seus eletrônicos para uma missão! Por favor, deposite-os aqui”

O estímulo (ou a falta dele) pode ajudar na criação de novos hábitos!
Ao nos afastarmos do celular, a probabilidade de mexermos nele sem nos darmos conta é muito menor.
Muitas vezes, o ato de mexer no eletrônico é automático, sem que prestemos atenção no que estamos fazendo. Quando deixamos longe o objeto responsável pelo hábito (no caso, o celular) nós não somos estimulados a pegá-lo!
É assim que funciona o chamado “loop de hábito”, que acontece em três fases: a deixa (um gatilho que nos estimula a tomar determinada decisão); a rotina (a frequência com que isso acontece); e a recompensa (que nos faz memorizar a ação até que se torne um hábito).
Por isso, a dica de “plantar” um estímulo em um local para criar um hábito (inserir os celulares e controles em uma caixinha antes de comer) ou retirar o estímulo responsável por um antigo hábito (afastar os eletrônicos da mesa) funciona!

3. Estimule o diálogo

À mesa ou fora dela: é mais legal conversar ao vivo e a cores do que digitar e assistir alguém que não está te enxergando do outro lado da tela!

Converse sobre assuntos que a criança goste, como os desenhos que assiste ou os temas que ela aprendeu na escola. O importante é ela se sentir confortável e engajada para continuar a conversa 😊

A refeição é muito importante! Isso vai além de evitar o uso de telas

Comer é uma necessidade biológica do ser humano, nós precisamos desse momento! E por que não criar um cenário agradável para nos alimentarmos?

Chamamos isso de alimentação consciente: ouvimos e entendemos nosso corpo, a hora que ele já se satisfez e o momento em que ele sente fome.

Passamos a tratar a hora da refeição com mais carinho e entendemos a conexão que há com nossa rotina e nosso dia a dia. Uma alimentação balanceada e bem-aproveitada nos fornece energia, disposição, boas noites de sono e maior imunidade!

Além disso, comer à mesa pode ajudar a criança com sua sociabilidade, ao invés de comer isolada mexendo ou assistindo algum desenho/programa.

Contudo, é bom ressaltar que não podemos obrigar a criança a isso, mas sugerir, para evitar futuras associações negativas com a comida e possíveis distúrbios alimentares, combinado?

Por fim, o momento de se alimentar requer calma, paciência e uma diminuição no ritmo corrido da rotina. É um momento para focar e prestar atenção 😊

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