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Integração sensorial: como estimular bebês com autismo

Baby and Me BM
qua, 25/01/2023 - 10:00
Mulher com um garotinho brincando de empilhar cubinhos educativos

Você já ouviu falar em integração sensorial? É a capacidade que temos de assimilar os estímulos recebidos pelos nossos movimentos e sentidos: audição, tato, paladar, olfato e visão. 

Nos dois primeiros anos de vida, o aprendizado e o desenvolvimento se dão principalmente por essa via sensório-motora. É dessa forma que o bebê descobre que engatinhar vai ajudá-lo a chegar onde quer, que os brinquedos têm sons diferentes, que os movimentos da boca formam palavras, e assim por diante.

Nos bebês com autismo, a dificuldade na integração sensorial pode levar à dificuldade de interação e mesmo na alimentação. Isso porque muitos deles sofrem com hipersensibilidade a alguns estímulos externos. Determinados sons, texturas e até cheiros podem ser fonte de grande angústia. 

Mas existem tratamentos que ajudam a estimular a criança com autismo, respeitando essas limitações sensoriais. Vamos entender mais?

O que é autismo?

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológico-comportamental que pode afetar os marcos do desenvolvimento motor e cognitivo dos bebês. A intensidade em que o autismo se manifesta varia entre leve, moderado e grave – por isso, fala-se em espectro. 

Pouca iniciativa para interações sociais, comportamentos repetitivos, hipersensibilidade e atraso no desenvolvimento motor e da fala podem ser sinais de autismo. Mas, para confirmar o diagnóstico, é preciso passar por avaliação médica e de outros profissionais de saúde, como de terapia ocupacional e neuropsicologia, por exemplo.

O que fazer em caso de suspeita de autismo? 

Se você notar qualquer um dos sintomas ou atrasos de desenvolvimento, é importante conversar com o pediatra durante as consultas de acompanhamento para confirmar ou não o diagnóstico. 

De acordo com especialistas, o ideal é que a família e os médicos comecem a tratar as dificuldades do bebê logo que surgirem as primeiras suspeitas. Nessa fase, o cérebro da criança é bastante adaptável, então esse é o melhor momento para desenvolver uma terapia adequada. 

Autismo tem cura?

É importante começar desconstruindo essa ideia, pois o autismo não é doença. Apesar de não haver uma “cura”, existem terapias que ajudam a criança a se desenvolver com autonomia.

Existem tratamentos como a integração sensorial, por exemplo, que desenvolvem uma série de atividades para estimular os sentidos da criança. Nessa terapia, a proposta é ensinar a criança a compreender e lidar com suas sensibilidades a cheiros, texturas, sons e outros. 

O tratamento é personalizado para cada caso. O sucesso dele depende do acompanhamento profissional e do apoio de todos à volta da criança.

Quais atividades estimulam a integração sensorial? 

Brincar é indispensável na vida de qualquer criança e, no caso do TEA, as brincadeiras são fundamentais para treinar interações sociais e a comunicação.

É importante lembrar que nem todos os brinquedos e brincadeiras são adequados. Alguns tipos de autismo apresentam hipersensibilidade auditiva ou com determinadas texturas, sensações de aperto, certos tons de fala, entre outros. 

Confira dicas que ajudam na hora da escolha da brincadeira. 

  • Deixe o bebê descobrir
    Ofereça uma caixa com objetos de diferentes cores, texturas, tamanhos, símbolos e sons. Veja como ela reage a esses estímulos.
  • Invista em atividades que a criança gosta
    Observe as cores, sons e texturas que a criança prefere. Brinque junto para se conectar com ela. Atenção: apesar de existirem jogos digitais personalizados para crianças autistas, o excesso dessa atividade pode ser negativa, já que não incluem a criança no ambiente social.
  • Brinque junto
    Atividades compartilhadas também ajudam no desenvolvimento social do bebê desde cedo. Bolhas de sabão, massinhas e pinturas são boas opções. Se o bebê apresentar algum desconforto com a textura ou som, respeite e pare.
  • Apresente novidades gradualmente
    Tente repetir a brincadeira outro dia, mas com uma toalhinha, para que ele possa limpar ou secar as mãos, por exemplo. Ou então regular o volume. Assim, aos poucos e sem pressão, ele vai descobrindo formas de lidar com essas sensações. 
  • Busque apoio profissional.
    Um profissional de psicologia, fisioterapia ou terapia ocupacional pode ajudar a família a identificar as melhores brincadeiras e orientar os cuidados personalizados.

Como apoiar a criança com autismo? 

O diagnóstico inicial pode ser um baque para muitas famílias. Por isso, também mães e pais podem precisar de apoio para acompanhar o desenvolvimento neuro atípico de seus filhos. 

Além de buscar tratamentos adequados, os grupos de outras famílias com filhos atípicos podem ajudar muito!

Lembre que o desenvolvimento infantil é diferente para cada criança. Por isso, vale a mesma regra das crianças ditas típicas: não focar no que seu bebê não faz. Em vez disso, elogie e apoie o potencial que só ele tem. 

Feito com carinho por:

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