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Vacina infantil contra covid-19 e máscara: tire suas dúvidas

Ninhos do Brasil NB
qua, 19/01/2022 - 10:30
Criança de máscara recebendo dose de vacina

A vacina infantil contra a covid-19 tem despertado muitas dúvidas em mães e pais no mundo todo. Com a chegada da variante ômicron e o aumento nas taxas de contágio entre crianças, é compreensível que seja assim. 

Vacina, máscara e demais cuidados no dia a dia estão entre os temas que mais despertam interesse neste momento. Entre tantas informações desencontradas, como saber o que fazer?

Para ajudar as famílias a se orientar nesse contexto de tantas narrativas e incertezas, buscamos informações da Anvisa, do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Pediatria e falamos com a Dra. Alesandra Temp Moreira, pediatra e mãe de Cecília, 8 anos, e Maria Alice, 5. 

Por que é importante vacinar as crianças contra a covid-19?

Crianças costumam ter menos complicações em decorrência da covid-19 que os adultos, é verdade. Mesmo assim, a vacinação é necessária para protegê-las de casos graves da doença e também para prevenir que transmitam o vírus para outras pessoas, inclusive familiares de grupos de risco. 

A Dra. Alesandra cita dados divulgados nos Estados Unidos, onde, de acordo com o Departamento de Saúde do Estado de Nova York, houve um aumento exponencial de internações de crianças por covid-19 no início de 2022. Segundo o órgão, 91% das crianças de 5 a 11 anos recentemente internadas com a doença no Estado não estavam vacinadas. 

Em nota, a Sociedade Brasileira de Pediatria reforça a importância de vacinar as crianças. Segundo a entidade, a vacinação “é estratégia importante para reduzir o número de mortes por conta da covid-19 nessa faixa etária, no Brasil, cujos indicadores são mais expressivos do que em outras nações”.

As vacinas contra covid-19 para crianças são seguras?

Em dezembro de 2021, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) liberou, para crianças de 5 a 11 anos, a vacina produzida pela Pfizer. O imunizante será aplicado em duas doses, com pelo menos 21 dias de intervalo entre a primeira e a segunda.

O órgão explica que as dosagens da vacina aprovada serão diferentes das já liberadas para adolescentes. Para facilitar a identificação pelas equipes de saúde e pelos pais, os frascos para a faixa etária de 5 a 11 anos (com doses de 0,2 ml) terão tampa laranja. Já as vacinas para a faixa a partir de 12 anos (doses de 0,3 ml) têm tampa roxa.

“Até uma vacina ser liberada, existem centenas de etapas de testes de segurança”, explica a Dra. Alesandra, que reforça que os benefícios de fazer a vacina são sempre superiores aos riscos de contrair a doença na forma grave. 

A vacina pode causar reações adversas nas crianças?

A Dra. Alesandra pondera que qualquer vacina, até mesmo a da gripe, que mães e pais estão acostumados a fazer anualmente nos filhos, pode ter efeitos colaterais, mas eles raramente são graves.

Então, é esta a relação a ser feita: a vacina dificulta o contágio pela doença e diminui as chances de um quadro grave, caso a criança pegue covid-19.

Em que efeitos colaterais da vacina os pais devem ficar de olho?

Assim como ocorre com adolescentes e adultos, a vacina nas crianças pode ou não ter efeitos colaterais. As reações mais comuns são dor local, mal-estar nas primeiras 24 horas após a vacinação e, às vezes, febre. 

“Efeitos colaterais graves são muito raros. Mais de 8 milhões de doses da vacina da Pfizer foram administradas nos EUA em crianças de 5 a 11 anos e raros foram os efeitos mais graves”, explica a Dra. Alesandra.

Caso a criança apresente algum tipo de reação diferente, vale os pais se aconselharem com seu pediatra.

Como lidar com o medo das crianças no dia da vacina?

Seus filhos têm medo de tomar vacina? Esse é um sentimento normal e até esperado, pois ser picado por uma agulha não é exatamente divertido. 

Por isso, preparamos algumas dicas para ajudar as crianças – e os pais – a passarem por esse momento de forma mais tranquila:

  • Prepare a criança para tomar a vacina, em casa e com antecedência. Fale com franqueza, explique a necessidade de se proteger e não minta sobre a dor. Reforce que a dor dura pouco tempo e que é por uma boa causa. Às vezes, vale usar um pouco de fantasia para facilitar a compreensão, explicando em linguagem lúdica que é preciso usar soldadinhos especiais (a vacina) para combater os monstrinhos do vírus. 
  • No caso da vacina contra covid-19, vale explicar a importância de todos fazerem sua parte para reduzir a circulação do vírus. 
  • Valide os sentimentos da criança. Mostre a ela que é normal sentir medo e que você entende. E também que chorar nessa hora é normal, mas que você estará com ela, dando apoio para ajudá-la a passar por esse momento.
  • Se houver oportunidade, você também pode se vacinar, se tiver alguma vacina em atraso, como a da gripe, da hepatite ou a renovação da antitetânica, por exemplo. Assim, a vacinação passa a ser um desafio que vocês enfrentam juntos.
  • Ao final, parabenize a criança pelo esforço. Ela chorou? Não importa, ela merece ser parabenizada assim mesmo. Façam alguma atividade legal juntos, como preparar o lanche favorito dela ou ver um filme. 
  • Depois que seu filho já estiver mais calmo, converse sobre a experiência, sobre o medo e sobre o bem que a vacina trará. Esse papo aberto e franco pode ajudar a tranquilizá-lo nas vacinações do futuro.

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A partir de que idade é recomendado que a criança use máscara?

O uso da máscara é outra atitude que pode ajudar a manter nossos filhos protegidos da covid-19. Mas não é tão fácil fazer a criança usá-la direito, certo?

A Dra. Alesandra ressalta que, para a máscara fazer diferença, é preciso cobrir o nariz e a boca. Assim, é necessário que a criança seja capaz de ficar com a máscara no rosto, respirando normalmente. E a pediatra lembra que o uso da máscara deve ser acompanhado pelo distanciamento, mesmo na hora do lanche da escola. 

Não há um consenso quanto à idade mínima, as orientações podem variar conforme o órgão e o lugar. A Organização Mundial da Saúde indica o uso de máscara a partir dos 5 anos de idade, quando a criança já estaria em condições de usá-la de forma adequada. 

Mas mães e pais sabem bem que cada criança tem seu ritmo e seu jeito de lidar com as coisas. O importante é que seu filho esteja pronto para usar a máscara com naturalidade, respirando normalmente, sem levá-la à boca.

Quais os melhores tipos de máscara para crianças?

Já existem no mercado diversos tipos de máscara adaptados para o tamanho do rosto das crianças. Até mesmo o modelo PFF2, considerado um dos mais seguros, já tem uma versão infantil. 

Outra opção pode ser a máscara com porta-filtro, que tem uma abertura lateral para colocar um filtro (que pode ser um pedaço de máscara cirúrgica descartável recortada).

Quais devem ser os cuidados com a máscara da criança no dia a dia?

Se a criança vai para a escola, é importante que ela tenha mais de uma máscara para cada dia. Coloque sempre máscaras reserva na mochila, em um estojinho ou saquinho fechado. 

As máscaras laváveis precisam ser lavadas diariamente se forem usadas. No caso das máscaras com porta-filtro, o filtro deve ser descartado no final do dia e a máscara, lavada.

Já se a criança usa PFF2, é preciso ter pelo menos uma máscara para cada dia da semana. Um jeito prático de organizar é fixar na parede de casa, em local arejado, sete ganchinhos, um para cada dia da semana. Pendure a máscara de cada dia em seu gancho. Assim, quando chegar novamente o dia de usar, a máscara estará novamente livre de germes.


A pandemia de covid-19 é uma situação com que todos ainda estamos aprendendo a lidar. É importante que mães e pais conversem francamente com as crianças sobre a necessidade de toda a família se prevenir. Com cuidado e acolhimento, seus filhos estarão protegidos.

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