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Ninhos do Brasil + Carochinha Editora: Ninhos do Brasil se uniu à Carochinha Editora, selecionando histórias que auxiliam nas questões enfrentadas em diferentes fases. Confira!

O Transtorno Opositor Desafiador (TOD) na vida das crianças

Monique Gonçalves MG
qui, 06/10/2022 - 10:00
duas crianças sentadas em frente a uma mesa, em ambiente escolar, a criança da esquerda está distraída pintando sobre uma folha de papel, a criança da esquerda segura a cabeça com as duas mãos e aparenta estar insatisfeita com a atividade.

Falar sobre Transtorno Opositor Desafiador (TOD) é caminhar sobre uma linha muito tênue do desenvolvimento infantil.

Isso porque, se não compreendermos os processos do desenvolvimento do ser humano, não conseguiremos diferenciar um comportamento desafiador de um transtorno desafiador. 

Crianças estão em constante formação e isso faz com que suas emoções, sentimentos e comportamentos pareçam estar em uma montanha-russa.

Veja:

Ora estão felizes e bem com todos, ora parecem estar entediados com o mundo inteiro. Essa variação é comum, porém é importante observar aquela criança que se angustia demais perante os desafios diários. 
Vamos entender mais sobre essa situação? Acompanhe!

TOD o quê? Definição e sinais do transtorno

Começando pela sigla, TOD significa Transtorno de Oposição Desafiante, conhecido também como “Transtorno Opositor Desafiador”. As principais características são: 

  • A criança tem aversão a regras
  • Se sente ofendida e irritada com muita facilidade
  • Quando é contrariada, responde de maneira áspera e rude (e isso acontece na maioria das vezes)
  • Discute com pessoas que estão em posição de autoridade, como por exemplo: mães, pais, cuidadores, professores, diretores etc.

Basicamente, a criança não gosta de ser contrariada (daí o nome Opositor ou Opositivo – aquele que vai contra algo ou alguém com muita persistência).
Não se sabe ainda a causa específica do TOD. Entretanto, avalia-se que tanto uma predisposição genética quanto um ambiente desorganizado e desestruturado podem interferir e colaborar para que os sintomas sejam cada vez mais frequentes e intensos. 

A vida social da criança com TOD 

Também devemos ter um olhar especial para a vida social das crianças com transtorno opositivo desafiador.

A socialização é extremamente prejudicada quando não se dá a devida atenção ao tratamento do transtorno. Isso acontece porque os sintomas interferem nas relações com as outras crianças e podem surgir os famosos rótulos como: chato, briguento, malvado, entre outros, que podem trazer ainda mais prejuízos ao longo da vida.

Para ler depois:

E qual é o maior desafio? Diagnosticar. Afinal, é comum que crianças tenham atritos, devido aos pensamentos ainda não formulados de maneira concreta.

Um olhar atencioso faz toda a diferença

Crianças também se desentendem, questionam, choram por não conseguirem o que querem. Isso faz parte do seu crescimento intelectual e cognitivo

É claro que não estamos falando aqui de uma desregulação de nível alto, que possa machucar fisicamente o outro (aliás, quando isso acontece com muita frequência, já é um sinalzinho de alerta para observar com maior atenção e investigar as causas por trás dessa agressividade).

Por volta dos 4 anos, elas já começam a entender o que são frustrações e qual é o significado de um “não”. A partir dessa idade, caso se mostrem muito ressentidas quando contrariadas, vale ficar de olho se vocês estão diante do transtorno.

Como o Transtorno Opositivo Desafiador é considerado uma questão comportamental, é essencial que a criança seja acompanhada por profissionais especializados, como, por exemplo, psicólogos e psicopedagogos (caso os sintomas estejam interferindo em seu processo de aprendizagem) entre outros, dependendo de cada caso e das habilidades que precisam ser trabalhadas.

Os sintomas frequentes e persistentes são um grande fator para que você busque ajuda profissional o quanto antes, uma intervenção precoce é importante porque promove maior qualidade de vida para a criança – e para a família. 

Conheça essa história: 

Criar uma rotina com a ajuda da criança, validar seus sentimentos, tentar solucionar juntos um problema “causador” de sintomas, é também um gesto de carinho e respeito. Afinal, é nosso papel como adultos responsáveis guiar as crianças para que consigam lidar com as emoções – e buscar ajuda quando desconfiamos que as dificuldades estejam relacionadas ao transtorno. 

E quando a criança é boazinha demais? Será que isso é saudável? Leia a matéria para desvendar essa questão: 

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