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Alergia emocional infantil: o que é e como identificar

Ninhos do Brasil NB
sex, 16/09/2022 - 10:00
Imagem de uma criança coçando o próprio braço, a coceira pode ser um dos sintomas de alergia emocional.

Você sabe o que é alergia emocional infantil? Às vezes, procuramos uma causa física para as doenças dos nossos filhos, mas a explicação está nos sentimentos. 

A alergia emocional é mais comum do que se imagina: é o que acontece quando o corpo coloca para fora quadros emocionais de sofrimento, estresse e ansiedade. Normalmente, isso se manifesta na forma de coceiras e alterações na pele, que podem ser incômodas e até mesmo doloridas. Também pode acontecer de a alergia ocorrer nas vias respiratórias.

A alergia emocional pode acontecer em qualquer faixa etária, inclusive adolescentes. Pessoas com quadros pré-existentes de dermatites (como acne e psoríase) ou que lidam com doenças crônicas também são mais suscetíveis. Confira a seguir como essa condição se manifesta nas crianças e o que podemos fazer para preveni-la.

O que é alergia emocional infantil?

Alergia emocional infantil é o nome que se dá a crises de dermatite atópica caracterizadas por pele seca, lesões epidérmicas e coceira intensa causadas por fatores emocionais, como estresse e ansiedade.

Um quadro de alergia de fundo emocional acontece quando o corpo libera no sistema imunológico doses exageradas de cortisol, o hormônio do estresse. Isso pode acontecer com adultos, adolescentes ou crianças, iniciando processos inflamatórios ou piorando uma dermatite (irritação da pele) já existente.

Casos de alergia emocional infantil podem ocorrer quando o organismo da criança reage de forma intensa a situações emocionais, sejam momentâneas ou frequentes. O resultado são alterações físicas do corpo, na forma de pele seca, coceiras, bolinhas brancas ou vermelhas, acne e outras alterações visíveis, às vezes com intenso desconforto físico.

Alergia emocional infantil: como identificar?

Os sintomas de alergias emocionais infantis normalmente são visíveis e podem ser identificados por um pediatra ou dermatologista. Mãos, bochechas e costas são áreas comuns de ocorrência de crises, mas a alergia pode se desenvolver também nos olhos, couro cabeludo, boca e genitais.

Não existe um exame específico para identificar a alergia emocional em crianças ou adultos, mas médicos especialistas conseguem identificar a partir dos sintomas físicos e dos relatos dos pacientes. Por isso, é importante que mães e pais estejam sempre atentos não só ao corpo, mas também ao estado emocional dos filhos.

Quando em situação de sofrimento emocional, pessoas com outras condições de saúde como rinite, asma, gastrite ou psoríase também podem apresentar piora dos sintomas e das coceiras ou lesões na pele.

Alergia emocional infantil: sintomas

Alguns dos sintomas para prestar atenção são: suor excessivo, pele áspera, coceira intensa, alterações de cor e descamação da pele. Mas podem ocorrer outros como secura dos olhos, queda de cabelos e seborreia.

Os sintomas de um quadro de alergia emocional infantil não são sempre os mesmos, podendo variar de criança para criança. A forma de manifestação depende da idade, higiene, intensidade e capacidade de lidar com as emoções e predisposições genéticas, como doenças anteriores. 

Além dos sintomas físicos, que podem ser visíveis e causar desconforto, é muito importante estar atento aos estados emocionais da criança. Preste atenção à rotina e aos sentimentos do seu filho. Ele está mais triste, dando sinais de ansiedade, ou tem alterações violentas de humor? Não tenha receio de procurar ajuda: um psicólogo especializado no trato com crianças pode ajudar a entender esse processo.

Alergia emocional pode matar?

A alergia emocional não é uma condição fatal, mas pode ser fonte de enorme desconforto físico e psicológico em pessoas de qualquer idade. E também pode ser um fator que desencadeia outras doenças. Quer um exemplo? Com crianças pequenas, é mais difícil manter as feridas limpas, pois elas se sujam brincando, e mães e pais sabem que é missão quase impossível impedir que elas se cocem. Assim, as feridas da alergia podem inflamar e até mesmo virar infecções cutâneas que deixem marcas permanentes na pele.

Por isso, é importante buscar orientação médica e psicológica. O dermatologista avalia a gravidade do quadro e indica o tratamento adequado para conter uma crise. Mas também é essencial o acompanhamento psicológico, para identificar as causas da alergia e evitar novas ocorrências.

Causas da alergia emocional infantil

A alergia emocional infantil, ou em adolescentes e adultos, é causada por uma resposta exagerada do corpo a situações de estresse, ansiedade e sofrimento emocional. 

Dessa forma, é uma manifestação dos anticorpos e hormônios do corpo em defesa do organismo. Para tentar voltar ao equilíbrio, o corpo reage com manifestações físicas. 

Em crianças, tensões domésticas ou familiares, luto ou afastamento de pessoas importantes do convívio e alterações de rotina podem ser gatilhos desencadeadores de crises. Como está o dia a dia do seu filho? Ele brigou com algum colega? Trocou de professora? Está ansioso com algum problema da família? Preste atenção às questões trazidas pela criança, o que ela relata sobre o convívio escolar e os grupos de amigos.

Além das questões emocionais, é importante considerar quadros físicos, como quedas do sistema imunológico. Do mesmo modo, condições como rinite, asma, gastrite e psoríase também podem desencadear ou serem agravadas por crises de alergia emocional.

Tipos de alergia emocional 

diversas doenças de pele que podem ser manifestações de alergia emocional. Por exemplo: 

  • Urticárias (irritações cutâneas que causam manchas e vergões avermelhados ou arroxeados na pele)
  • Dermatites (inflamações da pele na forma de alterações de textura, coceiras e espinhas) 
  • Psoríase (escamas e manchas secas que causam coceira) e vitiligo (alterações de melanoma) 

Todas elas podem estar ligadas a quadros de alergia emocional, em que a resposta psicológica a vivências estressantes desencadeia a condição.

Em adolescentes, é comum a ligação entre alergia emocional e quadros de acne severa, causando problemas de autoestima e imagem, agravando o estresse e piorando ainda mais a saúde emocional da pessoa.

Além de crises dérmicas, ainda podem ocorrer processos alérgicos de vias respiratórias. Alterações graves de sono e ocorrência de suor excessivo também podem estar ligados a problemas emocionais.

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Como tratar alergia emocional infantil?

Os tratamentos das ocorrências de enfermidades da pele podem incluir banhos, pomadas e cremes, além de medicamentos antialérgicos e corticóides. Ele deve ser indicado por um médico especialista como alergologistas, dermatologistas ou pneumologista, dependendo dos sintomas.

Para quadros de repetição de alergias emocionais, persistência dos sintomas por mais de quinze dias, ou pacientes em situação de sofrimento emocional, é indicado o acompanhamento terapêutico com psicólogo para tratar a causa do distúrbio.

A melhor e mais eficiente forma de tratar a alergia emocional é identificando sua causa. Por isso, procure um médico especializado para ajudar o paciente a lidar com as dificuldades enfrentadas.

Alergia emocional infantil tem cura?

A alergia emocional infantil tem cura. O tratamento das crises deve ser feito de acordo com a indicação médica, com remédios de uso interno ou tópicos, inclusive alternativos como acupuntura e homeopatia, até o desaparecimento dos sintomas. Esse tratamento será feito através de um alergologista, dermatologista ou pneumologista. A medicina antroposófica, que considera a natureza física e emocional do corpo humano, também pode ser considerada.

Mas é importante que as causas das crises de alergia emocional sejam identificadas para receber o tratamento correto. Para isso, é essencial a participação de um profissional de saúde mental, que vai ajudar a identificar e tratar a causa do distúrbio.

Como prevenir alergia emocional infantil?

A melhor forma de prevenir uma crise de alergia infantil de fundo emocional é promover um ambiente sadio para a criança, onde ela se sinta acolhida e confortável.
Por exemplo, permitir que seu filho tenha uma rotina bem definida, com prática de atividades físicas prazerosas, alimentação saudável, sono e higiene adequados. Além disso, faz diferença manter, em casa e no convívio social, relações baseadas em amor e respeito, não é mesmo? Isso ajuda a criança a desenvolver suas seguranças e a lidar melhor com suas frustrações e aprendizados. 
Confira abaixo algumas dicas para colocar em prática:

  • Rotina – crie uma organização para as atividades do dia a dia da casa e da família, buscando manter horários regulares para dormir, acordar, fazer refeições e tomar banho.
  • Atividades – procure incentivar atividades físicas divertidas e não exaustivas que ajudem a criar momentos de alegria e distração. Dança, pular corda e brincadeiras como gincanas e amarelinha são ótimos exemplos. Atividades culturais como música, leitura e desenho também são oportunidades de preencher o dia da criança com momentos lúdicos.
  • Momentos de paz – não esqueça que ter momentos de descanso, sem pressão, também são importantes. Crianças podem aprender desde cedo práticas de meditação.
  • Espaços abertos – é muito benéfico levar a criança a espaços abertos, especialmente em áreas verdes e tranquilas. Tem uma pracinha perto de casa? Algum parente tem um sítio? Correr na grama ou entre as árvores faz bem para o corpo e a mente.
  • Apoio psicológico – busque aconselhamento psicológico e grupos de apoio para pacientes e responsáveis de crianças com quadros alérgicos. Isso porque a troca de experiências pode ser muito valiosa para todos aprenderem, juntos, a lidar com os sentimentos e o estresse.

Seu filho tem dificuldades em brincar sozinho? Entenda por que isso acontece e como você pode ajudá-lo:

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