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Piolho nas crianças? Saiba como identificar, tratar e evitar

Ninhos do Brasil NB
qui, 01/12/2022 - 10:00
mãe e filha com toalhas na cabeça pós banho

A infestação causada por piolho tem um nome oficial: pediculose. Ela pode se dar em diferentes regiões: no corpo, nos pelos pubianos, ou na cabeça – o mais comum entre as crianças.

O nome científico desses insetos é Pediculus humanus capitis. Eles não têm asas, se reproduzem facilmente e se alimentam de sangue.

Como acontece a transmissão de piolho?

Ao contrário do que se costuma pensar, o piolho não pula, ele se arrasta. Por isso, a transmissão mais frequente se dá pelo contato direto entre pessoas.

Outra forma de contágio é pelo compartilhamento de peças contaminadas – como bonés, chapéus, escovas de cabelo e até roupas. Essa é mais rara, mas é sempre bom evitar, né?

Quais são os sintomas de piolho na cabeça das crianças?

Quem tem criança em casa já sabe: a cabeça começou a coçar, é hora de investigar as madeixas atrás de piolho. Mas será que é só isso? Vamos ver quais são os principais sinais de que tem um bichinho andando por essa cabeça:

Coceira no couro cabeludo

O principal sintoma de piolho você já conhece. Tá sentindo a coceirinha daí? Sim, esse parasita causa coceira intensa no couro cabeludo.

Isso acontece porque a saliva do piolho contém duas substâncias que, combinadas, causam uma reação no corpo humano. A primeira faz uma anestesia no local da mordida – e é por isso que não sentimos dor – e a segunda evita que o sangue absorvido coagule no organismo do piolho.

Em geral, a área mais afetada é a de trás da cabeça, porque ela é mais vascularizada. Mas a coceira pode se alastrar e alcançar a nuca e até o tronco.

Feridas no couro cabeludo

Se sua criança está coçando a cabeça com frequência – às vezes vigorosamente, você pode encontrar feridas no couro cabeludo dela.

Além disso, em casos mais graves, as picadas podem deixar marcas ou ainda causar infecções secundárias, então é possível encontrar ínguas na região do pescoço.

Presença de piolhos e lêndeas

A gente vê a criança coçando a cabeça e vai direto “catar piolho”, não é, mesmo? Isso porque outro sintoma de piolho na cabeça da criança é exatamente a presença deles no cabelo.

Às vezes, você pode não encontrar nenhum inseto andando por aí, mas vê vários pontinhos brancos grudados no fio. É bom ter cuidado, porque podem ser as temidas lêndeas – os ovos deles.

E você quer se livrar delas também, viu? Não adianta a cabeça ficar livre só de piolhos. Se as lêndeas estiverem por lá, eles voltam.

Meu filho está com piolho. O que fazer?

Abafar a cabeça com vinagre, usar todos os shampoos do mercado, testar receitas caseiras da época da avó, passar pente fino na família toda e até deixar a criança careca... ufa! Quando o assunto é piolho na cabeça das crianças, quem perde um pouco a cabeça é a gente, né?

O importante aqui é identificar o problema o mais rápido possível, começar o tratamento e evitar o contágio de outras pessoas. Vem ver com a gente como proceder.

Posso levar meu filho com piolho para a escola?

Sua criança não precisa faltar à escola porque você identificou que ele está com piolho. Mas é essencial iniciar logo os cuidados já em casa, orientar a criança para evitar o contato direto e informar o problema aos responsáveis pelos alunos. São eles que garantirão que seu filho siga as orientações para prevenir o contágio.

Piolho na escola: como proceder?

Às vezes, são os próprios professores que, tendo contato diário com as crianças, identificam a infestação nas cabecinhas. Nesse caso, eles devem comunicar imediatamente a direção da escola, que vai contatar os pais de todos os estudantes.

Aqui é importante frisar que não se deve identificar as crianças infectadas na frente dos colegas, para evitar qualquer constrangimento. Além disso, o ideal é que todas as crianças passem pelo tratamento, evitando que umas voltem a contaminar as outras.

Piolho na escola: socialização

Piolho na cabeça de criança não é um bicho de sete cabeças e deve ser tratado com naturalidade. Vale lembrar os pequenos que todo mundo está sujeito à infestação, independentemente de tipo de cabelo ou hábitos de higiene.

Então, não faz sentido ridicularizar os colegas que estão passando por isso, não é mesmo? Também não precisa isolar ninguém: é só seguir as orientações dos adultos para evitar o problema que logo, logo ele se resolve.

Como acabar com piolho na cabeça das crianças?

Coceira intensa já é um bom motivo pra não querer bichinho nenhum perto da nossa cabeça, não é mesmo?

Além disso, é importante lidar rápido com os piolhos não só por causa do desconforto. Piolho na cabeça das crianças pode provocar feridas que atraem infecções, ser motivo para problemas de socialização e, em casos graves, até causar anemia.

Independentemente do método que você escolher para acabar com os piolhos, um ponto essencial é lembrar que todas as pessoas do convívio da criança devem fazer o tratamento concomitantemente, para evitar reinfecções.

O TelessaúdeRS, um serviço da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sugere deixar pentes e escovas da pessoa contaminada de molho em água quente por cinco a dez minutos. Além disso, a orientação é lavar com água quente todos os objetos pessoais que tenham contato com a cabeça dela. Lembre-se de incluir toalhas, fronhas e roupas de cama, por exemplo.

Vamos aos métodos?

Mudar o visual

Essa pode ser uma boa desculpa para um novo corte de cabelo. Sua criança pode se empolgar com a ideia de chegar na escola com a cabeça raspada, que tal?

Ok, a gente sabe que esses casos não são os mais comuns, então não se preocupe: não será necessária uma intervenção tão radical.

Há métodos menos agressivos: vamos a eles.

Shampoos para piolho

O método mais conhecido para acabar com piolho na cabeça das crianças é o do shampoo ou loção para piolho. Você pode encontrá-los em lojas especializadas ou farmácias, e não tem erro: é só seguir o passo a passo do próprio fabricante.

O ideal é sempre consultar o pediatra antes de recorrer a essas soluções. Isso porque existem formulações que podem ser tóxicas a crianças pequenas, por exemplo.

Além disso, atente-se às especificações do produto: usá-lo diluído (em cabelos muito úmidos) diminui sua eficácia. E cuidado ao tentar economizar no produto: se o cabelo é muito longo, é interessante usar dois frascos.

Assim você evita ter que comprar outro e repetir o processo mais adiante. 

Medicação oral

Em casos mais extremos, ou de repetidas recontaminações, podem ser necessárias medidas mais drásticas. Guarde a tesoura: estamos falando novamente de buscar o pediatra, não o cabeleireiro.

O médico que acompanha seu filho pode receitar o melhor antiparasitário para o caso dele.

Vinagre mata piolho?

Quem não gosta de umas receitinhas caseiras?

O vinagre pode ser um aliado, mas após o uso do medicamento específico. Isso porque ele ajuda a desgrudar as lêndeas dos fios, o que pode ser um desafio – mas não mata nem os ovos nem os piolhos.

Para isso, utilize uma solução de uma medida de vinagre para uma medida de água e passe nos cabelos depois do enxágue, antes do pente fino.

Vale lembrar que o vinagre é um produto versátil: ótimo tempero, bom substituto ao amaciante e útil na limpeza da casa. Para os cabelos, ele é ótimo na hidratação dos fios.

Nesse sentido, usar vinagre na cabeça das crianças sem a loção adequada vai no máximo deixar os piolhos em um ambiente mais agradável.

Piolho morre com secador?

O calor do secador e da chapinha, por exemplo, pode até matar os piolhos adultos, mas não tem efeito sobre as lêndeas, que vão eclodir em pouco tempo e reinfestar a cabeça da criança.

Pente fino

Esse não é só um método de como acabar com piolho na cabeça das crianças: é uma etapa. Independentemente do que funcionar para você e para sua criança, é indispensável passar o pente fino no cabelo após o processo.

Em geral, medicamentos, loções e shampoo para piolho infantil não matam os ovos do parasita – lembra das temidas lêndeas? Então é necessário removê-los manualmente, mesmo.

Para isso, passe o pente fino no banho e novamente após algumas horas. Antes de começar, é interessante colocar uma toalha clara nas costas da criança, embaixo do cabelo. Assim, você garante que tudo o que cair dos fios não se espalhe pela roupa. 

Depois, é hora de botar a mão na massa: divida o cabelo em partes e vá passando o pente fino mecha a mecha, desde o couro cabeludo até as pontas. Aqui, um creme de pentear (ou o vinagre) ajuda o pente a deslizar com mais facilidade.

Você pode repetir esse processo diariamente durante os primeiros sete dias.

Paciência e perseverança

Este também não é um método, mas algo necessário a todas as outras etapas do combate aos piolhos.

Inclusive, para garantir que a criança esteja realmente livre de piolho e lêndeas, volte a examinar a cabeça dela em uma semana. 

Como evitar piolho nas crianças?

A pediculose é transmitida de pessoa para pessoa. Nesse caso, o principal cuidado é, basicamente, evitar o contato com pessoas contaminadas.

Mas não é simples assim identificar que alguém está com piolho, não é verdade? Não há um tipo de cabelo que atraia mais os piolhos, por exemplo. Eles são higiênicos – cabelos sujos não são sinônimo de parque de diversões para esses parasitas.

Dessa forma, há alguns cuidados gerais para evitar piolho nas crianças: 

  • Orientar a criança a não compartilhar objetos pessoais. Bonés, chapéus, toucas, presilhas e enfeites de cabelo são os mais óbvios. Mas o compartilhamento de toalhas e mesmo roupas também deve ser evitado.
  • Prender o cabelo da sua criança – principalmente na escola, onde ela tem contato com diversas crianças. É lindo demais ver as madeixas longas livres e soltas, né? Mas os fios presos têm menos chance de tocar em superfícies (ou outras cabecinhas) contaminadas, e são menos atingidos pelos piolhos – e você evita ter que passar o pente fino por toda a extensão dos longos fios.
  • Secar o cabelo antes de sair. Isso porque os piolhos gostam de umidade. Fios úmidos vão atraí-los ainda mais.
  • Examinar periodicamente a cabeça da criança. Vale fazer um cafuné investigativo de tempo em tempo, verificando o cabelo em busca de piolhos e lêndeas para conseguir identificar o problema com antecedência e tratá-lo logo no início.

5 mitos e verdades sobre piolho e lêndeas

Você sabia que os primeiros registros de piolhos e lêndeas são encontrados já na Bíblia? É natural que um assunto tão antigo esteja envolto em crenças e crendices… algumas verdadeiras, outras nem tanto.

Crianças pegam mais piolho

Verdade. Mas isso acontece unicamente por motivos sociais. Ninguém está livre de pegar piolho, eles afetam de bebês a idosos. O que acontece é que as crianças costumam passar mais tempo juntas, brincam mais próximas umas das outras, e compartilham mais objetos pessoais.

Cabelos sujos atraem mais piolhos

Mito. De acordo com a Fiocruz, os piolhos na verdade até preferem um ambiente mais agradável: cabelos limpinhos e cheirosos são seus favoritos.

Mas não vale deixar o cabelo sujo para não os atrair, ok?

Piolhos se locomovem pulando

Mito. O inseto que causa coceira e sai pulando por aí também começa com P, mas é outro. Ao contrário da pulga, o piolho não tem pernas adaptadas para saltar, e se arrasta para se locomover. Ele também não voa, mas, como é muito leve, pode ser arrastado pelo vento.

Piolhos transmitem doenças

Mito, mas parcialmente. A simples presença ou a picada do piolho não transmite doenças. No entanto, feridas formadas pela coceira intensa podem atrair infecções. Além disso, casos muito graves de infestação podem causar anemia, já que o piolho se alimenta de sangue.

Cabelo com química não pega piolho

Mito. A química até ajuda a matar piolhos adultos – mas não atinge as lêndeas e não previne que os insetos infestem a cabeça da criança.

Sendo assim, é muito melhor recorrer aos produtos indicados, que são garantia de sucesso e não arriscam intoxicar humanos no processo.

Piolho também é coisa de adulto

Como anda a coceira aí? Melhorou?

Ih, se a cabeça segue coçando, é bom investigar, hein! Lembra que o piolho não diferencia tipos de cabelo? É, o couro cabeludo adulto é tão apetitoso para eles quanto o infantil.

E, atenção: não é porque você já é crescidinho que os cuidados mudam. Use os produtos corretos, siga as etapas com paciência e procure um médico, se necessário. Cuide-se como você cuidaria do seu pequeno.

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